Devido aos avanços tecnológicos com o passar dos anos, tanto no que diz respeito às plataformas de hardware (memórias maiores, processadores mais rápidos, internet banda larga, entre outros), quanto aos novos softwares de colaboração foi possível acompanhar uma evolução na web e em suas ferramentas. Com isso, surge uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, denominada Web 2.0. No entanto, mesmo que esse termo possua uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores. Nessa nova forma, as pessoas deixam de ser consumidoras de informação para se tornarem criadoras e distribuidoras de conteúdo e produzi-lo se torna tão fácil quanto era obtê-lo.
De acordo com Primo (2007, p.1) a web 2.0 pode ser considerada como “a segunda geração de serviços on-line e caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, alem de ampliar os espaços de interação entre os participantes do processo”. Dessa maneira, entram em cena as redes e softwares sociais, que proporcionam espaços de colaboração e troca de informação por qualquer um dos usuários.
Os softwares sociais configuram-se como programas de computador que buscam a colaboração, permitindo e estimulando relações de grupo. Além disso, permitem ao usuário obter e publicar informações, trocar conhecimentos, realizar discussões, criar grupos ou comunidades virtuais, estão cada vez mais presentes na vida de crianças e adultos. Entre suas ferramentas, encontram-se fóruns, chats, álbuns de fotos, mensagens instantâneas, compartilhamento de hipertextos, vídeos, blogs, entre outros. Essas ferramentas oportunizam a comunicação e a construção social do conhecimento e possuem uma tecnologia que facilita o registro, a organização e a recuperação de informações (Amaral, 2010).
Entre as ferramentas mais utilizadas estão as baseadas em redes sociais, características da web 2.0. Podem ser sites de compartilhamento de vídeos, como o YouTube, redes de relacionamento, como o Orkut e o Facebook, enciclopédias colaborativas como a Wikipédia, publicação de textos em blogs, como o Blogger, simuladores de vida real, como o Second Life e o Club Penguin, entre outros.
Referências:
AMARAL, C. B. Desafio da Ciberinfância: modos de composição de práticas pedagógicas utilizando artefatos tecnológicos digitais. Dissertação (mestrado) – universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Programa de Pós-graduação em Educação, Porto Alegre, RS, 2010.