De acordo com Moran (2000), o ensino envolve muitas variáveis, desde projeto pedagógico coerente, aberto e participativo, infra-estrutura adequada, docentes bem preparados e bem remunerados, alunos motivados, políticas públicas, entre outros.
A aprendizagem acontece por meio da descoberta, da experimentação e da investigação, nesse sentido pode-se dizer que a tecnologia aumentou as possibilidades de se aprendeer com os meios de comunicação, simulação, autoria e informação. O comportamento do aluno Zappiens enquanto aprende está mudando com as diversas formas de interação social, temos um aprendiz empreendedor que faz escolhas e aprende enquanto se diverte e interage.
Os alunos Zappiens interagem com as paginas de site observando alguns textos escritos, textos icônicos, imagens e cores, como possí¬¬veis entradas a seguir na construção de caminhos de leitura diante de uma grande variedade de informações. Esses alunos possuem facilidade em acessar as informações e lidar com diferentes canais de entrada, mudando seu foco de atenção de um ponto a outro conforme seu interesse. Assim, a experiência de aprendizagem se dá através da exploração das informações e ambientes e através da colaboração em rede com outros usuários. Com isso, as relações sociais, estabelecidas no meio virtual, são vistas como uma grande vantagem para a construção de soluções para problemas encontrados (VEEN; VRAKKING, 2009).
Com relação ao processo de aprendizagem dos alunos Zappiens, Veen e Wrakking (2009) destacam seu processamento ativo da informação, sua habilidade na resolução de problemas, a utilização de estratégias de jogo no enfrentamento de novidades, a coordenação de diferentes níveis de atenção, a execução simultânea de múltiplas tarefas e a facilidade de comunicação, características do aprendiz que nasceu imerso no contexto das novas tecnologias da informação e comunicação que apontam caminhos para a compreensão e utilização da tecnologia, assim como propostas inovadoras.
O professor atento à estrutura de aprendizagem do aluno zappiens, "aprender fazendo", deve desafiá-lo para o "aprender refletindo", com práticas pedagógicas que contemplem as construções coletivas usando as tecnologias para abrir o espaço de perguntas, de armazenamento e manipulação de informações e divulgação de descobertas, aumentando as possibilidades de aprendizagem.
O desafio é aproximar o que os alunos fazem na escola do que fazem em suas horas de lazer, para que as situações de aprendizagem na escola também sejam motivadoras, desafiadoras e divertidas. É preciso reconhecer que as informações de forma tão diversa, indiretamente tem um papel educacional relevante. Então, como trazer o universo de imagens, sons e símbolos para dentro da escola a fim de favorecer a aprendizagem? Como compreender e incorporar novas linguagens, e diferentes dinâmicas em sala de aula?
Referências:
MORAN, José. Informática na Educação: Teoria & Prática. Porto Alegre, vol. 3, n.1 (set. 2000) UFRGS. Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, pág. 137-144.
VEEN, W. & VRAKKING, B. Homo zappiens: educando na era digital. Tradução: Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed. 2009.