Você já parou para pensar com quantas pessoas se relaciona por dia? Quantas redes de convívio você possui e quantas seus alunos possuem?
O estudo sobre redes sociais não é recente. Na sociologia esse termo foi empregado pela primeira vez por um autor Britânico chamado Barnes, em 1954, que buscou analisar as relações formadas entre os sujeitos. Desde então muitos estudos foram realizados sobre o tema.
Com a evolução das tecnologias digitais, em especial a internet, o conceito de rede social foi transposto para o virtual, acarretando estudos sobre o assunto em diferentes áreas como a computação, educação, psicologia etc. Atualmente quando falamos em rede social digital o exemplo mais comum são os sites de relacionamento como o Facebook, Twitter etc.
As redes sociais são formadas essencialmente por interações entre sujeitos, caracterizada pela flexibilidade e dinamismo na sua estrutura. Os laços, ou elos, que interligam os sujeitos em uma rede são várias, podendo ser familiares, amizade, afeto etc. Por isso não existe um modelo ideal de rede social.
Mas como se forma uma rede? Existe um formato de rede social?
Para representar graficamente uma rede social é utilizado a metáfora da teia, mas sem aranha, constituindo-se por nós, que são os seus elementos, e ligações que são as conexões entre os nós. Em uma rede social cada indivíduo é um nó e suas relações pessoais com outros são os links1. Compreender e analisar esta “teia” gráfica, bem como suas propriedades, pode auxiliar muito a compreensão do por que alguns indivíduos podem ser privilegiados em uma sociedade e outros não1. Tais privilégios seriam provenientes da dinâmica ou configuração da rede. Esta dinâmica é oriunda da mudança de comportamento de seus elementos, entrada e saída destes e mudanças nas conexões e nas interações entre os sujeitos conectados.
Uma importante teoria que buscou explicar as relações entre atores sociais em redes, é a dos laços de Granovetter2, que divide essas relações entre Laços Fracos e Laços Fortes, conforme apresentado no material de apoio deste módulo.
Existem muitas redes sociais online atualmente. A primeira ferramenta que pode ser citada como exemplo é o e-mail que, apesar de ser uma rede lenta de contato, possibilita a formação das redes sociais online. Formalmente a rede social ClassMates de 1995 é a primeira rede criada e possui uma finalidade educativa.
Atualmente a educação está incorporando as redes sociais em suas aulas, ainda que timidamente. Alguns professores adoram o Facebook como meio de interação entre os alunos, ou mesmo como forma de divulgar os conteúdos de aula.
1 BARABÁSI, A.L. Linked: A Nova Ciência dos Networks. São Paulo: Leopardo Editora, 2009. 2 GRANOVETTER, M. The strength of weak ties: a network theory revisited. Sociological Theory. San Francisco: Jossey-Bass, v.1, 1983. p.2001-2233.