Vida Social no Ambiente Virtual de Aprendizagem: desenvolvimento afetivo e moral



Mundos Virtuais

Esses mundos ainda precisam ser bastante explorados por profissionais da educação. Schlemmer tem tido importantes experiências com esses mundos e a partir de suas pesquisas, aponta novas possibilidades suportadas por tecnologias 3D. Um exemplo é a tecnologia Metaverso, pois ela permite a construção de Mundos Digitais Virtuais em 3D (MDV3D). Segundo a autora, Metaverso:

é um termo que se constitui no ciberespaço e se ‘materializa’ por meio da criação de Mundos Digitais Virtuais em 3D – MDV3D, onde há possibilidade de imersão, via telepresença do avatar e, no qual, diferentes espaços para o viver e conviver são representados em 3D, propiciando o surgimento de ‘mundos paralelos’ (SCHLEMMER, 2008b, p. 5).

Os Mundos Digitais Virtuais 3D (MDV3D) podem ser entendidos como um híbrido entre jogos, ambientes virtuais de aprendizagem e comunidades virtuais, ou seja, MDV3D possuem elementos de ambas as tecnologias (SCHLEMMER, 2008a). Esses mundos fazem parte da chamada Web 3D, que, segundo a autora (2008b, p. 6): “[...] surge com uma infinidade de possibilidades no contexto do desenvolvimento de TDVs [Tecnologisa Digitais Virtuais] que permite a criação de ambientes gráficos em 3D, em rede”. Um desses mundos virtuais disponíveis na rede é o Second Life, que por ter sua interface tridimensional, seus cenários são mais atrativos e parecidos com nosso mundo físico.

Imagine a diferença de estar em um desses mundos para presenciar uma aula, conforme Schlemmer (2008b, p. 9):

poder ‘entrar’ num ambiente gráfico, por exemplo, numa escola, empresa, museu, biblioteca, etc., representado em 3D é uma experiência completamente diferente do que acessar uma página web ou um site, o aluno não navega em uma página para acessar fóruns e chats para colaborar com os demais, eles estão presentes no lugar em que isso ocorre.

Referências

SCHLEMMER, 2008



Redes Sociais

Recuerdo (2009) afirma que as Redes Sociais permitem o estudo de diversos aspectos, sejam elas a criação de estruturas sociais, dinâmicas, as funções das estruturas e seu impacto nos indivíduos. Esses aspectos fornecem importantes contribuições para o processo educacional, afinal aprender constitui-se como um processo social (RECUERDO, 2010). Segundo Recuerdo (2010) essas Redes Sociais

podem e devem ser usadas com propósitos educativos. Não é porque as pessoas “usam para conversar” que a ferramenta é uma “perda de tempo”. A conversa faz parte do processo. A comunicação faz parte do processo. Proporcionar o uso dessas ferramentas, assim, pode ter resultados muito positivos em sala de aula. Estimular o uso criativo, a apropriação e a busca por mais informações são apenas algumas das maneiras de usar essas tecnologias. Usar blogs, comunidades e o próprio Twitter como ferramentas de discussão, troca de informações e construção do conhecimento não é apenas proporcionar um ambiente de discussão, mas auxiliar o propor processo de construção do conhecimento (RECUERDO, 2010, s/p).

De acordo com Recuerdo (2009), “embora os sites de redes sociais atuem como suporte para as interações que constituirão as redes sociais, eles não são, por si, redes sociais” (2009, p.103). São os atores sociais que utilizam essas redes, que a constituem. Dessa forma, sua utilização na educação é importante, uma vez que essas redes sociais criam e modificam as formas de acesso a novos. Veen e Vrakking salientam, assim, que os professores devem tornar-se orientadores,

que oferecem um apoio especializado às crianças, que, por sua vez, aprendem de maneira mais independente sobre questões e problemas da vida real. A sociedade do futuro exige que seus cidadãos sejam capazes de lidar com a complexidade, tanto na vida particular quanto na profissional. As redes sociais dos indivíduos cresceram e ficaram mais complexas, da mesma forma que as redes econômicas, que passaram a uma escala global, resultando em economias multinacionais ou globais. (VEEN e VRAKKING, 2009, p.14)

Referências

RECUERO Raquel. Sites de Redes Sociais e Educação. 2010 Disponível em: http://www.pontomidia.com.br/raquel/arquivos/sites_de_redes_sociais_e_educacao.html Acesso em: 30 de janeiro de 2014.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

VEEN, W; VRAKKING, B. Homo Zappiens: Educando na era digital. Porto Alegre, Artmed. 2009.

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