Mas o planejamento de um jogo não implica planejar um jogo e propô-lo à turma. Isso representa a etapa inicial desse planejamento. Em sua continuidade, temos a efetivação com seus meandros e peripécias, tanto ao professor quanto aos alunos. Ao professor caberá acompanhar, orientar e intervir se necessário, garantir as condições mínimas para a realização do jogo e coletar dados (ações, comentários, decisões) que possam orientá-lo na continuidade do planejamento e na seleção de novas proposições de jogos e de formação de grupo, no estudo da etapa de desenvolvimento dos alunos e na contribuição que grupos com alunos em etapas diferenciadas poderão promover no desenvolvimento coletivo e individual dos jogadores do jogo proposto. Aos alunos, a realização do jogo oportunizará o planejamento do ato de jogar: acolher seus parceiros; conhecer o jogo; aprender a jogá-lo; jogá-lo efetivamente; acolher os resultados; fazer combinações.

O movimento empreendido por todos, numa situação de jogo, promove a aprendizagem de se estar no mundo de uma forma acolhedora, com necessidade de vínculos lógicos e morais entre as pessoas, numa interdependência indissociável entre ser e estar no mundo do conhecimento. Nesse sentido, podemos destacar, para finalizar estas breves considerações, a importância do movimento resultante da inserção do jogo no planejamento, levando-se em conta o próprio jogo do conhecimento por ele possibilitado, em especial, na medida em que propor jogos oferece a possibilidade de conciliar “a assimilação ao eu – princípio de todo jogo – e a vida social” (PIAGET, 1978. p.216).

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