Além de um processo demográfico, o envelhecimento pressupõe vários aspectos biológicos, psicológicos e sociais que muitas vezes são desconsiderados em uma análise mais detalhada. Portanto entender este processo é compreender os aspectos individuais e coletivos da vida, na multiplicidade dos aspectos biopsicossociais (VITOLA, ARGIMON, 2003; OSÓRIO, 2007).

Cada fase da vida pressupõe algumas características. Alguns autores, como Diane Papália sugere que as etapas do ciclo vital são compostas por: Período Pré-natal, Primeira Infância, Segunda Infância, Terceira Infância, Adolescência, Jovem Adulto, Meia Idade e Terceira Idade. Já Jane Belsky divide o desenvolvimento humano em: Nascimento, Primeira e Segunda Infância, Adolescência, Idade Adulta e Velhice. Cabe salientar que o envelhecer e suas etapas são considerados processo único e particular de cada indivíduo, sendo influenciado pelos aspectos sociais e culturais no qual este se encontra.

 

Ser resiliente no envelhecer...

A resiliência ainda é um campo pouco estudado no Brasil. As primeiras pesquisas iniciaram na psicologia, onde se tinha como meta entender como as pessoas reagiam, adaptavam e se ajustavam a situações de risco, estresse e experiências adversas (TAVARES, 2001).

No contexto da gerontologia a resiliência será utilizada como uma capacidade de adaptar-se as mudanças que estão ocorrendo na velhice, pensar, repensar e autoavaliar as atitudes, valores, conhecimentos e mudanças provenientes desta fase da vida. Esta autoavaliação é primordial durante o desenvolvimento humano, principalmente para as pessoas idosas. Entender o processo de envelhecer possibilita usufruir as potencialidades e desenvolver competências para atravessar esta etapa da vida, a velhice, de forma ativa e com qualidade de vida.

Nesta autoavaliação devem ser considerados os aspectos biopsicossociais da velhice, possibilitando conhecer os aspectos sociais, limitações e potencialidades.