Guia Glossário Midiateca

Apresentação

Este objeto de aprendizagem (OA) trata do tema da tecnologia digital e da constituição da ciberinfância a partir de um contexto histórico. Destina-se a professores de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, que participam de cursos de formação ou que tenham interesse pelo tema.

A proposta do OA é traçar um panorama histórico acerca da tecnologia digital e o seu uso por crianças. Pretende-se ainda identificar algumas características que marcam esta infância que lida com as novas tecnologias como computador, videogame, celulares, aparelhos de mp3, mp4, mp5, etc. Dessa forma, busca-se problematizar artefatos culturais, mais especificamente os digitais, destinados ao público infantil.

Pesquisas recentes têm apontado que, diferentemente da tradição moderna, não há uma infância universal, mas sim tipos de infância. As infâncias podem apresentar características marcantes, porém mesmo essas não são únicas, nem estanques. Suas características são flexíveis, fluídas e estão em constante modificação. Essas infâncias encontram-se, entrepassam-se e conectam-se através da rede estabelecendo trocas.

Compreende-se também que não há “uma ciberinfância”, mas traços de um tipo de infância na qual as crianças, permitidas pela cultura, dominam a tecnologia digital. Com o objetivo de que os professores se aproximem mais das vivências dessas crianças, este objeto de aprendizagem apresenta e analisa a trajetória e a evolução do computador e de seus recursos, especialmente no Brasil. Assim, acredita-se que, a partir da exploração deste objeto, é possível construir uma noção do contexto em que nascem e vivem as crianças que hoje dominam muitos artefatos digitais.

No decorrer do estudo, propõe-se analisar os diferentes usos que as crianças fazem desses meios tecnológicos, o que elas buscam, o que as diverte, o que as capta. Assim, acredita-se que será possível uma aproximação dos professores com os interesses e as vivências das crianças que estão “ligadas” nas novas tecnologias, através das quais elas se relacionam crianças do seu próprio bairro ou outras distante milhares de quilômetros.