A escrita coletiva em um ambiente virtual pode proporcionar significativos benefícios para aprendizagem. Quando se trabalha em equipe, o resultado e a troca de conhecimentos costuma ser mais enriquecedora do que quando comparada com uma escrita individual. Mas, enquanto educador(a), como é possível avaliar devidamente o aprendizado em um ambiente de Escrita Coletiva Digital (ECD) sem utilizar os clássicos métodos de ensino e aprendizagem?
É importante considerar que os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), além de serem facilitadores na hora de avaliar o grupo como um todo, também permitem e facilitam a avaliação individual dos estudantes. Esse movimento se dá a partir dos registros feitos pelas ferramentas disponíveis na plataforma e suas correspondentes produções, tais como: comentários feitos pelos sujeitos, histórico de edições do documento, verificação de passo a passo do que foi adicionado por cada componente do grupo e sua consequente contribuição à produção. Sendo assim, é possível verificar se foi um trabalho discutido coletivamente, quais indivíduos tiveram uma escrita mais ativa e quais foram os mecanismos que o grupo utilizou para que o texto chegasse à versão final.
Ressalta-se que, mais importante do que o resultado final em uma produção escrita, é o seu processo. Sabe-se que a produção consiste em etapas de criação, discussão e argumentos entre o coletivo. O conjunto de dados possíveis de serem acompanhados pelo educador(a), favorece análise minuciosa de cada etapa percorrida, além da identificação das fragilidades e potencialidades em que podem ser apoiar as estratégias pedagógicas com o intuito de qualificar o resultado final.
As intervenções que o professor(a) faz a partir dos acompanhamentos das atividades é o que qualifica o processo de aquisição de conhecimentos a partir da ECD. É tarefa do educador(a) manter-se atento em como os seus alunos estão se comportando no ambiente virtual e, dependendo do fluxo do processo escrito, é interessante mobilizar os alunos a fim de manter vivo o fluxo das trocas sempre tendo como foco a produção textual final.