EPi-EaD

Estratégias Pedagógicas com foco
na interação social de idosos na EaD



Sobre



Estratégias Pedagógicas
com foco na interação social
de idosos na EaD


O material educacional digital (MED) EPi-EaD tem por objetivo abordar temáticas como aspectos do envelhecimento, tecnologias digitais, interações sociais, estratégias pedagógicas etc.

Para tanto, o público-alvo são profissionais que trabalham ou tem interesse de atuar com idosos em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), através da EaD.

O MED é composto
por três módulos:

Módulo 1 - Envelhecimento e EaD
Envelhecimento e EaD
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Apresenta as principais características do envelhecimento e os aspectos educacionais da modalidade EaD
Módulo 2 - Interação Social
Interações sociais
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Aborda algumas concepções sobre interações sociais e ações para mediar a comunicação entre idosos na EaD
Módulo 3 - Gerontotecnologia
Gerontecnologia
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Apresenta os objetivos e mediação, indicados às principais tecnologias digitais e seus possíveis benefícios para idosos


Os módulos podem ser acessados a partir de situações-problema nas quais possui sempre duas possíveis estratégias pedagógicas (EP) que podem ser adotadas.
Assim, dependendo da EP escolhida será apresentado um texto que fundamenta a escolha realizada, com base em teóricos condizentes com a temática. Em cada módulo também são apresentados materiais multimídias complementares.

REQUISITOS TÉCNICOS DE UTILIZAÇÃO

Para utilizar este MED é necessário que haja conexão à internet, podendo ser acessado tanto através do navegador de internet do computador como do smartphone e tablet.





Módulos



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Envelhecimento e EaD

Envelhecimento e EaD

O envelhecimento está cada vez mais em pauta nas discussões em diferentes áreas, seja para compreender as mudanças biopsicossociais, como também para discutir novas possibilidades educacionais e tecnológicas que possam beneficiar o processo, como é o caso da Educação a Distância (EaD).

Case:
Silvia é uma idosa de 78 anos, viúva, que mora sozinha em um apartamento na zona central de uma cidade. Ela passou por problemas graves de saúde, decorrentes de uma alimentação não adequada por muitos anos, o que ocasionou uma restrição de movimentos para caminhar.

Por esse motivo ela teve que recorrer a vários médicos, os quais recomendaram uma readequação na alimentação, como medidas que possam ser feitas na tentativa de amenizar o problema.. A sua filha, que mora distante de sua casa, sugeriu que ela buscasse mais orientações sobre alimentação saudável.

O que a filha de Silvia poderia propor para ajudar nesse processo de adaptação da alimentação adequada?





A filha da Silvia ficou sabendo que um hospital estava ofertando curso presencial sobre alimentação saudável para idosos. As aulas eram uma vez por semana no hospital e contavam com geriatras que apresentavam assuntos relacionadas com a temática. Contudo, por mais que o curso fosse interessante, o mesmo fica longe de onde Silvia morava.

Ela levaria em torno de 2h para ir e depois mais 2h para voltar. Além disso, como é inverno faz bastante frio e chove constantemente. Então Silvia não se sente motivada para sair de casa, uma vez que tem receio de ficar mais doente ainda.

Participando do curso presencial

O case apresentado mostra uma situação muito comum nos idosos do Brasil, no qual possuem muitas dúvidas sobre como proceder para manter uma qualidade de vida. Assim, a Educação pode contribuir nesse processo oferecendo cursos na modalidade a distância (EaD) com profissionais de diferentes áreas que podem auxiliar o idoso nos seus questionamentos.

A oferta de cursos presenciais para idosos tem aumentado em diferentes áreas com variadas temáticas, no entanto, no que se refere aos idosos que apresentem alguma dificuldade de deslocamento, seja por questões físicas, cognitivas ou financeiras, essa modalidade não ampara. Nesse contexto, Bento (2017, p.73) afirma que um dos pontos positivos que a EaD “trouxe é promover a participação de deficientes físicos ou pessoas acometidas de algum problema de saúde” que não possam se deslocar até os cursos”. Já Kearsley (2011), destaca que a Educação a Distância proporcionou a mudança do formato do ensino, ou seja do foco no professor, passando para o aluno, tornando este o responsável pela organização dos estudos.

A Educação a Distância, nesse cenário, poderia ser um alternativa já que é possível personalizar os materiais e estratégias pedagógicas de acordo com cada especificidade do público mais velho. Assim, a EaD poderia atender as limitações da personagem do case, pois esta poderia participar do curso de sua casa, não colocando em risco sua saúde. Também poderia escolher os horários para participar das aulas, tendo acompanhamento dos diferentes especialista disponíveis.


REFERÊNCIAS

BENTO, D. A produção do material didático para EaD. São Paulo: Cengage, 2017.

KEARSLEY, G. Educação on-line: aprendendo e ensinando. São Paulo: Cengage Learning, 2011.







Silvia ficou sabendo que havia um curso on-line sobre alimentação saudável e que poderia participar a distância. O curso era totalmente virtual e contava com uma equipe composta por geriatras, nutricionistas e educadores físicos que apresentavam o assunto, traziam atividades complementares e ficavam à disposição para interagir na plataforma do curso, através de ferramentas de comunicação.

Participando do curso EaD

O case apresentado aponta a importância da Educação a Distância e, principalmente, da mediação e adoção de estratégias pedagógicas adequadas nessas situações.

No contexto da Educação a Distância (EaD), ao longo dos últimos dez anos, observa-se um crescimento acentuado do ensino e da aprendizagem, além da consolidação de práticas com o intuito de levar a educação a todos os cantos do país (ABED, 2018). A EaD traz a possibilidade de estudo a domicílio, o respeito ao tempo e ao estilo de aprendizagem do aluno.

Na EaD o afastamento físico entre os sujeitos do processo educacional tornam suas relações singulares. Os desafios para acompanhar o percurso de cada estudante na modalidade a distância são grandes, desta forma, diferentes estratégias precisam ser empregadas para incrementar os índices de êxito dos estudantes em EaD (CÂMARA, 2016). Diante disso, acredita-se poder contribuir de maneira significativa aos processos de ensino e de aprendizagem realizados com o suporte de diferentes tecnologias.

Machado (2013) afirma que, para os idosos, a EaD surge como uma possibilidade de educação continuada, disponibilizando diferentes temas, favorecendo um engajamento em atividades educativas distintas. Nesse contexto, também proporciona uma maior autonomia ao aluno, pois viabiliza que este escolha os melhores momentos para estudo de acordo com a sua disponibilidade. A participação dos idosos no contexto da EaD, promove a ruptura de vários preconceitos sociais que dizem respeito à inclusão deste público junto às tecnologias. Nesse contexto, outra consequência positiva da atuação dos idosos na EaD é uma elevação da autoestima e autovalorização, ou seja, causando bem estar pessoal.

Assim, incentivar a participação dos idosos na EaD adotando estratégias que atendam suas necessidades específicas, pode ter maior relevância no seu processo de aprendizagem já que possibilita contemplar as motivações intrínseca de cada sujeito.


Referências

Associação Brasileira de Educação a Distância. Disponível em http://www.abed.org.br. Acesso em 25/10/2019.

CÂMARA, K. M. F. Perfil dos alunos do curso de Pedagogia EaD do polo de Macau da UFRN: desafios, vantagens e sucessos da aprendizagem. 2016. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia a Distância), Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Macau, 2016.

MACHADO, L. R. Construção de uma arquitetura pedagógica para cyberseniors: desvelando o potencial inclusivo da educação a Distância. Tese de Doutorado em Informática na Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2013.

Interação Social

Interação Social

A Educação a Distância traz muitos desafios, principalmente para o público idoso.

Case:
Margarida tem 70 anos e está muito feliz em participar como aluna de uma oficina para idosos sobre sobre Plantas Medicinais. Inicialmente, Margarida sentiu dificuldade em utilizar o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da instituição de ensino, mas depois de muita persistência aprendeu a manusear as ferramentas.

Durante as aulas, o professor propôs a realização de muitas atividades práticas e também solicitou que todos se comunicassem pelo AVA, através de ferramentas como fóruns, mensagens e “bate-papo”. A Margarida estava muito empolgada em participar da oficina e enviou muitas mensagens para os colegas idosos. No entanto, nas últimas duas semanas de aula a idosa se desmotivou, pois não obteve respostas às suas mensagens e nem a participação da turma. Sendo assim, começou a mandar mensagens cobrando maior interação e empenho dos colegas idosos nas atividades propostas, criando inclusive um grupo no WhatsApp para tentar aproximar os participantes.

Contudo, essa persistência de Margarida teve um efeito contrário, pois, muitos colegas começaram a desistir por se sentirem pressionados com as mensagens recebidas, inibindo a participação nas aulas dos idosos.

Analisando esse contexto, sendo você professor da oficina, quais dos caminhos a seguir você escolheria para mediar essa situação?




Você como professor pode mediar de forma que os participantes idosos sintam-se incentivados a realizar as atividades, ao invés de coagidos. Nesse caso o melhor a fazer é aconselhar que Margarida desista da oficina. Participar de atividades educativas é muito interessante pois pode oportunizar que idosos sejam o protagonistas de seu próprio processo de envelhecer.

No entanto as atividades devem ser significativas e trazer bem-estar aos participantes. Nesta situação, está claro a falta de entendimento de Margarida em como interagir no AVA, no qual deve assumir uma nova postura em prol de promover um melhor entendimento ou convivência no ambiente virtual.

Isolamento Social

O case apresentado aponta que a forma de interação realizada não foi adequada, tendo em vista que a situação levou muitos idosos a não continuar participando da oficina, e ocasionou afastamento da idosa com relação aos participantes.

O isolamento social é considerado uma ameaça à saúde mental e física, principalmente no que se refere à população idosa (FRANÇA; MURTA, 2014). Ao se afastar do convívio com outras pessoas, o idoso pode desenvolver depressão, apresentar um comportamento de auto-negligência e demonstrar uma diminuição da capacidade cognitiva e/ou física. Tais fatores podem contribuir para o agravamento do cenário de abandono no qual se encontram muitos idosos atualmente chegando, inclusive, a levar à morte. Assim, constata-se que o isolamento social é um conceito multidimensional, visto que alguns estudiosos o veem como equivalente à solidão, enquanto outros afirmam se tratar de um fenômeno social e cultural (SAITO et al, 2010). Assim, o isolamento social de idosos está atrelado não somente ao contato limitado com outras pessoas, ou falta dele, como também pelas constantes mudanças sociais como é o caso da aposentadoria, saída dos filhos da casa, mortes de amigos e familiares etc. (MELLOR; FIRTH; MOORE, 2008).

Portanto, adotar estratégias pedagógicas que possam maximizar as comunicações e, assim, possibilitar que muitas interações possam ser realizadas nos ambientes virtuais de aprendizagem é cada vez mais pertinente no intuito de evitar o isolamento social dos idosos.


Referências

MELLOR, David; FIRTH, Lucy; MOORE, Kathleen. Can the internet improve the well-being of the elderlt? Ageing International, vol. 35, 2008, p. 25-42.

FRANÇA, L. C; MURTA, G. S. Prevenção e promoção da saúde mental no envelhecimento: conceitos e intervenções. Psicol. cienc. prof. vol.34 no.2 Brasília Apr./June 2014.







Como a aluna idosa está com um postura muito impositiva, provocando uma situação desconfortável na oficina, o melhor a fazer é sugerir que Margarida entre em contato com você, professor, no intuito de conversar e resolver os desentendimentos. Também é possível incentivar que Margarida exerça o seu protagonismo, ao reunir os colegas e mediar uma conversa sincera entre os participantes da oficina e o professor.

Nesse momento, todos podem expor seu ponto de vista e como estão se sentindo frente à situação.

Tal atividade poderá permitir que os envolvidos se coloquem no lugar do outro e entendam suas necessidades, oportunizando o exercício da empatia. Após esse momento, é possível incentivar que todos idosos participem na construção de uma espécie de contrato pedagógico, no qual será definido os papéis de cada um e a atuação esperada durante a oficina.

Interação Social

O case apresentado aponta a importância da interação e, principalmente, da mediação e adoção de estratégias pedagógicas adequadas nessas situações.

Para Piaget (1974), a interação social se constitui por meio das relações estabelecidas de um objeto com outro e com as pessoas. Assim, na perspectiva piagetiana, entende-se que as interações sociais, formam um elo entre o sujeito-meio e assim fomentam discussões sobre o objeto de aprendizagem fazendo com que novas estruturas cognitivas possam ser construídas (PIAGET, 2014).

As relações firmadas entre professor, aluno, objeto de conhecimento e meio representam aspectos essenciais no ensinar e aprender. Essas trocas têm como funções preparar o sujeito para além da construção do conhecimento, como o viver em sociedade. Nelas estão imersos os atributos afetivos e os processos sociais, que condicionam profundamente os processos cognitivos (DAMÁSIO, 1996; PIAGET, 2014).

A interação em ambientes digitais é cada vez maior através das ferramentas de comunicação que podem ser a partir de textos, áudios, vídeos, etc. No entanto, esse tipo de interação pode gerar diferentes interpretações e, portanto, exige estratégias diferenciadas do presencial. Barberá, Badia, Mominó (2001, p.164) as interações através das tecnologias digitais é “um conjunto de reações interconectadas entre os membros que participam de um contexto" […] "no qual a atividade cognitiva humana se desenvolve de acordo com os elementos que determina a natureza desse contexto [...]".

Diante disso, considera-se que o uso de algumas tecnologias digitais mediadas por estratégias pedagógicas focadas no desenvolvimento das interações sociais com os idosos podem apresentar inúmeros potenciais, entre eles a minimização da distância geográfica entre os envolvidos e maior convívio para aqueles sêniors que possuem alguma dificuldade de locomoção, por exemplo.

Assim, adotar estratégias pedagógicas que possam auxiliar na mediação, considerando as limitações, entendimentos e potencialidades dos idosos no virtual é necessário, principalmente nesse público que possui um perfil heterogêneo e experiências de vida que influenciam diretamente a sua forma de interagir.


Referências

BARBERA, Elena; BADIA, Antoni; MOMINÓ, Josep. LA INCOGNITA DE LA EDUCACION A DISTANCIA. ICE-Horsori, Barcelona, 2001.

DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. VICENTE, D.; SEGURADO, G (Trad.). São Paulo: Cia das Letras, 1996.

PIAGET, J. Relações entre a afetividade e a inteligência no desenvolvimento mental da criança. SALTINI, C. J. P. e CAVENAGHI, D. B. (Trad.). Rio de Janeiro: Wak, 2014.





Gerontotecnologia

Gerontotecnologia

Apresentar os objetivos e mediação relacionados aos conceitos da Gerontotecnologia, envolvendo algumas tecnologias digitais e seus possíveis benefícios para idosos.

Case:
Antônio é um idoso de 65 anos que, ao longo de sua vida, nunca se preocupou em cuidar da saúde, muito menos em realizar ações ou se preparar para as atividades após a sua aposentadoria. Neste ano, Antônio se aposentou da empresa metalúrgica na qual exercia o cargo de chefia.

Com essa mudança, Antônio ainda não sabe o que fazer para aproveitar o tempo livre, no qual era preenchido com o trabalho e atualmente fica a maior parte do tempo em casa, assistindo televisão. Tudo parece bem, contudo, aos poucos, Antônio está começando a perceber que está cada vez mais difícil enxergar e ouvir.

No entanto, ele não entende o que pode estar acontecendo, pois utiliza óculos desde os trinta anos, mas o não se adapta ao aparelho auditivo por achar extremamente desconfortável e doloroso, sem falar do ruído que causa, por isso prefere não utilizá-lo.





Como cuidador, familiar ou profissional que atua com idosos nessa situação, você considera mais adequado solicitar que Antônio faça novos exames médicos, apenas para ver como está a sua saúde, e recomendaria que abandone o uso do aparelho auditivo para que se sinta mais confortável, pois não tem sentido continuar insistindo que ele o utilize, uma vez que não se sente bem com ele. Para resolver o problema, basta trocar o televisor por um maior, já que o óculos não está funcionando, e aumentar o volume do aparelho para que se consiga ouvir melhor. Assim, Antônio irá continuar curtindo sua aposentadoria no conforto do seu lar e fazendo aquilo que mais gosta.


O case apresentado mostra uma situação de velhice muito comum na sociedade, na qual uma parcela da população idosa tem dificuldades de audição e visão, problemas que podem ser decorrentes do processo de envelhecimento. Tais fatores impactam de tal forma que faz com que muitos idosos se isolem cada vez mais e não sejam receptivos ao aprendizado de novos conhecimentos e das tecnologias digitais, como é o caso das Smart TVs.

O envelhecimento é um processo heterogêneo e cada idoso possui suas próprias dificuldades e potencialidades, decorrentes dos processos sociais, culturais e biográficos (NERI e PINTO, 2016). Assim, é pertinente acompanhar esse processo e verificar quais recursos são mais adequados para cada necessidade do idoso, bem como de seu interesse.

No entanto, é importante desenvolver ações que possibilitem transgredir as antigas estruturas sociais e culturais relacionadas à velhice como frágil, sendo relacionado com doença, dependência e falta de produtividade (MACHADO, 2015), possibilitando com que os sêniors reconheçam suas potencialidades de participação social (OMS, 2005).

Assim, desenvolver estratégias pedagógicas que permitem atender as particularidades dos idosos é cada vez mais necessária (MACHADO, BEHAR, 2015), seja para o uso das tecnologias digitais como computadores e smartphones, como também para aqueles recursos do cotidiano como televisores, microondas e outros eletrodomésticos que facilitam as atividades do dia a dia.


Referências

NERI, Anita Liberalesso. PINTO; Juliana Martins. Participação Social e envelhecimento. In: FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Ligia (Ed.). Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. p. 1547-1555.

MACHADO, Leticia Rocha; BEHAR, Patrícia Alejandra. Educação a Distância e Cybersêniors: um foco nas estratégias pedagógicas. Educação & Realidade, v. 40, n. 1, p. 129-148, 2015.

Organização Mundial da Saúde (OMS). Envelhecimento ativo: uma política de saúde, 2005.

Processo de Envelhecimento



Como cuidador, familiar ou profissional que atua com idosos, nessa situação, você acharia o mais acertado aconselhar que Antônio faça novos exames médicos, a fim de verificar como está sua saúde e se o grau dos óculos ainda está adequado às suas necessidades. Também é preciso verificar qual é o tamanho do televisor e trocar o aparelho, se possível, visando oportunizar um maior conforto visual.

Além disso, seria recomendado ajustar a televisão para se tornar acessível, sendo importante ensinar o idoso a manusear aplicativos e utilizar outros recursos de comunicação, tais como telefone e computador, com o propósito de que Antônio possa ampliar suas possibilidades de contato e interação com outras pessoas e, com isso, ter outras oportunidades de ocupar o tempo livre de forma mais ativa e saudável.

O case aponta que muitas tecnologias digitais podem auxiliar, como é o caso da televisão. Os televisores mais modernos, conhecidos como Smart TVs, possuem recursos que podem contribuir para uma qualidade de vida na velhice. Isso é possível graças aos recursos de acessibilidade das Smart TVs como, por exemplo, o guia de voz, ajuste de contraste de cores e tamanho da fonte e dos ícones.

O aumento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento da população são fatores importantes, que estão provocando mudanças na sociedade e principalmente na imagem que se tem dos idosos (ICL Brasil, 2015). Cada vez mais a imagem do idoso frágil e muitas vezes recluso, até mesmo acamado, vem dando lugar à uma nova concepção na qual os idosos são protagonistas de seu próprio envelhecimento. Por isso, muitos idosos têm cada vez mais se preocupado em encontrar formas de se manter ativo, seja participando de atividades de lazer, educação, uso de tecnologias digitais ou entretenimento (KACHAR, 2010).

Nessa perspectiva, é preciso pensar em ofertar ações educativas capazes de contribuir para o envelhecimento ativo, oportunizando com que os idosos desenvolvam suas capacidades e descubram novas potencialidades (BOTH e PORTELLA, 2003). Assim, uma alternativa para isso é através do manuseio das tecnologias digitais, como é o caso do computador, smartphones, tablets e Smart TVs, por exemplo.

As tecnologias digitais podem contribuir significativamente com os idosos, já que oportunizam novas formas de comunicação para que a interação seja estabelecida, como é o caso das redes sociais.

Assim, desenvolver estratégias pedagógicas condizentes com essa nova realidade, na qual pôde-se aliar as tecnologias digitais, é uma alternativa cada vez mais necessária para que os idosos se sintam incluídos socialmente.


Referências

BOTH, Agostinho; PORTELLA, Rodrigues. Gerontogogia: uma proposta socioeducativa para idosos. In: BOTH, Agostinho; BARBOSA, Marcia Helena S.; BENINCÁ, Ciomara Ribeiro S. Envelhecimento humano: múltiplos olhares. Passo Fundo: UPF, 2003.

KACHAR, Vitória. Terceira idade e informática: aprender revelando potencialidades. São Paulo: Cortez, 2010.

ICL. Centro Internacional de Longevidade Brasil. Envelhecimento ativo: um marco político em resposta à revolução da longevidade. Rio de Janeiro: ICL. 2015.

Disponível neste Link para acesso em out. 2019.

tecnologias digitais, a educação e os idosos

Desafios



Estratégias pedagógicas para interações sociais


O interesse dos idosos em participar de cursos de inclusão digital cresce a cada dia devido ao aumento e consumo de tecnologias digitais. Para compreender um pouco mais sobre o tema, imagine que você está atuando com um grupo de alunos de idosos e um destes, ao final da aula, comenta que tem interesse em se aproximar do seu neto Pedro Henrique através do uso de ferramentas de comunicação virtual.

Com base nesta situação, que estratégias pedagógicas você considera possível para fomentar a interação social entre os idosos e seus familiares através do uso de tecnologias digitais?

Registre essa estratégia pedagógica em um documento de texto e compartilhe com seus colegas no Ambiente Virtual de Aprendizagem para discutir sobre o tema.



Repositório coletivo de ferramentas para interação social


É possível perceber que cresce, cada vez mais, as demandas de comunicação e interação social através das tecnologias digitais, principalmente, dos dispositivos móveis. Pensando nisso, você conhece ferramentas que possibilitem a interação social?

Vamos analisar e criar um repositório coletivo de ferramentas digitais que sejam adequadas para as interações sociais de idosos?

Escreva na tabela abaixo pelo menos uma ferramenta que você conheça, que na sua percepção possa atender a esta demanda. Além disso, não deixe de compartilhar essas informações com outras pessoas. Para isso, utilize alguma ferramenta de divulgação que considere adequada, como por exemplo, fórum, biblioteca, webfólio e etc.


Vamos lá?!

Tabela
de Ferramentas:





Créditos


Coordenadora:


Patricia Alejandra Behar
pbehar@terra.com.br


- Professora Titular da Faculdade de Educação e dos Cursos de Pós Graduação em Educação (PPGEdu) e em Informática na Educação (PPGIE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
- Visitor Professor pelo Programa Fulbright no Teachers College da Columbia University (2018-2019).
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Equipe Pedagógica:


Deyse Cristina Frizzo Sampaio
deysefrizzo@gmail.com


- Mestranda em Educação – UFRGS
- Especialista em Docência no Ensino Superior – PUCRS
- Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos – UNIDERP
- Graduada em Serviço Social – UNIGRAN
- Link Currículo Lattes


Leticia Rocha Machado
leticiarmachado@yahoo.com.br


- Pós-Doutora em Informática na Educação – UFRGS
- Doutora em Informática na Educação – UFRGS
- Doutora em Educação – UFRGS
- Mestre em Gerontologia Biomédica – PUCRS
- Graduada em Pedagogia – Habilitação Multimeios e Informática na Educação – PUCRS
- Link Currículo Lattes


Tássia Priscila Fagundes Grande
tpri.fagundes@hotmail.com


- Doutoranda em Educação – UFRGS
- Mestre em Educação – UFRGS
- Especialista em Psicopedagogia e TICs – UFRGS
- Graduada em Pedagogia – UFRGS
- Link Currículo Lattes


Jozelina Silva da Silva Mendes
jozelinasilvadasilva@gmail.com


- Doutoranda em Educação – UFRGS
- Mestre em Educação – UFRGS
- Especialista em Design Instrucional- SENAC
- Especialista em Informática Instrumental para a Educação Básica – UFRGS
- Graduada em Letras Português/Espanhol – UNISINOS
- Link Currículo Lattes


Bruna Kin Slodkowski
brunakinnuted@gmail.com


- Graduada em Pedagogia – UFRGS
- Link Currículo Lattes


Jacqueline Mayumi Akazaki
jacquelineakazaki@gmail.com


- Doutoranda em Informática na Educação – UFRGS
- Mestre em Ciências da Computação – UFABC
- Licenciada em Computação e Bacharel em Sistemas de Informação – UENP
- Link Currículo Lattes


Geanine Pereira Meira da Silva
ggeaninepms@hotmail.com


- Graduanda em Pedagogia – UFRGS
- Link Currículo Lattes


Designer e Desenvolvedor:


Pedro Rocha Martin
pedrorcontato@gmail.com


- Graduando em Artes Visuais – UFRGS
- Link Currículo Lattes